O lançamento da mais poderosa bomba nuclear da história
No início dos anos 60, os Estados Unidos e a URSS estavam no auge da "Guerra Fria". Centenas de aeronaves de combate, incluindo bombardeiros estratétigos equipados com armas nucleares e mísseis balísticos intercontinentais estavam em prontidão para retaliar qualquer agressão.

A equipe de cientistas russos que construiu a bomba era liderada pelo Dr. Julii Borisovich Khariton, e incluía os físicos Andrei Sakharov, Victor Adamsky, Yuri Babayev, Yuri Smirnov e Yuri Trutnev. O artefato que eles construíram tinha 3 estágios de operação, fissão-fusão-fissão, podia gerar, em tese, 100 Megatons (o equivalente a 100 milhões de toneladas de TNT), e era designada oficialmente como RDS-220 e recebeu dos cientistas o nome de "Ivan".
Os cientistas, entretanto, modificaram a bomba, pois temiam a grande quantidade de radiação que seria liberada na atmosfera, que afetaria principalmente o próprio território russo, e também efeitos imprevisíveis numa explosão de tão colossal escala na Terra, além de temerem a destruição das aeronaves lançadoras. Na versão final da bomba foi eliminada a carcaça externa de Urânio 238, que constituía o "terceiro estágio", e colocada uma nova carcaça de chumbo, de forma que 97 por cento da explosão seria causada por fusão nuclear. Mesmo assim, a bomba tinha ainda cerca de 57 Megatons de poder explosivo, equivalente a 10 vezes o total de bombas convencionais lançadas por todos os países durante a Segunda Guerra Mundial.





Embora fosse a mais poderosa bomba nuclear de todos os tempos, a Tsar Bomb (nome pelo qual a bomba foi conhecido no Ocidente) não era um artefato operacional, era apenas uma demonstração do enorme poder tecnológico da URSS. Sua potência foi rapidamente suplantada por mísseis balísticos de navegação inercial altamente precisa, que poderiam provocar danos localizados e muito mais eficientes.

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